TELAS NA INFÂNCIA: o que está acontecendo com nossas crianças e como isso afeta o vínculo entre mães e filhos?

quinta, 29 de maio de 2025

A cena é comum: a mãe chama o filho várias vezes, mas ele não responde. Está vidrado no desenho, no joguinho ou naquele vídeo que prende sua atenção como se nada mais existisse ao redor. Só após insistir cinco, seis, às vezes dez vezes e ele finalmente escuta.

Esse tipo de situação vem se tornando cada vez mais frequente nos lares, e embora pareça inofensiva, é um sinal de alerta. As telas estão afetando o vínculo entre mães e filhos de forma silenciosa, mas profunda.

Vivemos em uma era em que celulares, tablets e TVs fazem parte da rotina das crianças desde muito cedo. A tecnologia facilita, distrai, acalma. Mas qual o custo desse “alívio”?

Estudos mostram que a exposição excessiva às telas interfere diretamente:

  • Na atenção e na concentração da criança;
  • No desenvolvimento da empatia e das habilidades sociais;
  • Na qualidade do sono;
  • Na conexão emocional com os pais.

Uma criança que não responde à voz da mãe porque está imersa em uma tela não está sendo desobediente, ela está hiper-estimulada. O cérebro dela entra em um estado de foco tão intenso que perde a capacidade de processar estímulos externos, como a fala de quem está por perto.

Isso impacta diretamente no vínculo materno: o toque, o olhar, a conversa, a troca. Elementos simples e fundamentais que constroem segurança emocional e afeto passam a ser substituídos pelo silêncio das telas.

O que as mães estão sentindo? Frustração, cansaço, sensação de invisibilidade. Muitas se perguntam: “Onde foi que eu errei?” Mas a verdade é que não se trata de erro. Trata-se de uma realidade que exige atenção, consciência e novos acordos dentro de casa.

 A conexão com os filhos precisa ser cultivada. E isso não se faz com longas horas diante de telas, mas com presença verdadeira mesmo que em pequenos momentos do dia. A criança precisa da mãe de verdade, não apenas da sua voz chamando ao fundo.

Neste mês das mães, fica o convite à reflexão: como estão os momentos entre você e seu filho? Ele te escuta? Ele te sente? Talvez a resposta esteja além do volume da TV.

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